Na noite de ontem, 21, aconteceu a cerimônia de premiação da 19ª edição do Troféu Raça Negra na Sala São Paulo. Entre os premiados da noite, estiveram a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, e o ex-presidente Michel Temer. Ambos destacaram a importância das cotas raciais.
“O ano de 2022 será marcado por uma árdua tarefa para nós, é o ano em que teremos a revisão da lei de cotas e enfrentaremos um governo em que o diálogo está interditado e o autoritarismo ganha espaço. É nesse contexto que teremos que mobilizar toda a sociedade para dizer que cota não é esmola, mas é parte da reparação da dívida histórica de um país que se ergueu em cima do sangue e do suor do povo preto”, discursou Bruna Brelaz no início da cerimônia. “Não nos devem apenas as universidades, nos devem o mercado de trabalho, equidade salarial e um Brasil livre do racismo”.
Fernanda Garay, atleta do vôlei feminino, e Bruna Brelaz. (Divulgação/Instagram) Hebert Conceição, atleta olímpico do boxe, e Bruna Brelaz. (Divulgação/Instagram) Thelminha com o Troféu Raça Negra 2021. (Divulgação/Instagram) O reitor José Vicente, da Universidade Zumbi dos Palmares, Antônio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp, e Bruna Brelaz. (Divulgação/Instagram) Michel Temer recebe o Troféu ao lado de Jesus Roque de Freitas, Elza Paulina de Souza, Eunice Prudente e Aline Torres.
“A Constituição determina a igualdade no nosso país e a igualdade sem nenhuma distinção. A questão das cotas no Brasil significa a possibilidade de integração definitiva na sociedade brasileira dos negros, essa é a hipótese que a Constituição determina”, disse Temer.
Thelma Assis, médica e campeã do BBB 20, também destacou a importância das cotas em sua história. “Se eu estou aqui também é porque eu usufrui de uma política afirmativa, eu utilizei a cota para poder ser a única menina preta em uma turma de 100 médicos”.