A Afrobras – Sociedade Afro Brasileira de Desenvolvimento sócio cultural, ONG que trabalha há 20 anos pela inclusão do negro no ensino superior e no mercado de trabalho, realizará a 17ª edição do Troféu Raça Negra.

Este ano o homenageado é o ator e cantor Tony Tornado, um dos mais completos artistas brasileiros.

Tony iniciou sua carreira artística nos anos 60 com o nome artístico de Tony Checker, dublando e dançando no programa “Hoje é dia de Rock” de Jair de Taumaturgo, nessa época Tony imitava os cantores Chubby Checker e Little Richard. Ainda nos anos 60, viajou aos Estados Unidos onde morou por cinco anos em Nova York. Nessa época, Tony conheceu outro brasileiro que também morava em Nova York, o também cantor Tim Maia.

De volta ao Brasil em 1969, trabalhou no conjunto de Ed Lincoln e, sob o pseudônimo de Johnny Bradfort, cantava numa boate cujo dono o obrigava a se passar por estrangeiro. O cantor Emílio Santiago substituiu Tony Tornado no conjunto musical, quando este saiu para disputar o V Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro.

Em 1970, adotou o nome com o qual passou a ser conhecido “Tony Tornado”. Influenciado por James Brown, Tony foi um dos artistas que introduziu a soul music e o funk na música brasileira. Nesse mesmo ano, ao lado do Trio Ternura defendeu a canção BR-3, que conseguiu o primeiro lugar no festival. Estreou na televisão em 1972 com a novela Jerônimo, da TV Tupi.

Participa frequentemente de várias novelas e minisséries. O maior papel de sua carreira na TV foi Gregório Fortunato, o “Anjo Negro”, chefe da segurança pessoal do presidente e estadista Getúlio Vargas, na minissérie Agosto, de 1993, baseada na obra de Rubem Fonseca. Outro papel marcante de sua carreira foi o capataz Rodésio, que trabalhava para a viúva Porcina (Regina Duarte), em Roque Santeiro. – tão marcante que, em um dos finais gravados, era Rodésio quem terminava ao lado de Porcina, que, no entanto foi vetado pela emissora Globo por medo da reação do público.